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Ainda faço moldagem convencional. Será que estou fora da moda?

Na odontologia restauradora cada passo é uma etapa importante do procedimento e, quando pensamos em restaurações indiretas, essa responsabilidade é dividida com um técnico em prótese dental.  Cabe ao dentista fazer um bom planejamento, tomar cuidado com periodonto e realizar preparos com espaço adequado para a restauração sem remoção demasiada de tecido dental. Cabe a nosso técnico em prótese realizar um trabalho bem adaptado, com a forma correta e oclusão equilibrada.

Mas, para que essas duas etapas estejam conectadas, é preciso transferir essa informação da boca para um modelo (digital ou convencional).

E aí? Qual a melhor maneira? Convencional ou digital?

Bem, antes de falarmos especificamente de moldagem vamos tentar entender o que é a odontologia digital. Pode ter certeza que você já trabalha com odontologia digital, pois uma simples foto tirada de um celular e enviada para seu laboratório, compartilhada com amigos ou apenas armazenada já faz de você um dentista digital. Bem, se seu celular não faz fotografias, aí sim você me deixou realmente preocupado!! 🙂

Mas claro, esse mundo é muito maior do que conhecemos até hoje. Já é possível realizarmos trabalhos protéticos com um fluxo digital desde o planejamento digital, articulação, escaneamento, impressão de modelos e guias, confecção de restauração provisória, fresagem de restaurações definitivas, e etc. Não tenho dúvida que a odontologia digital não tem mais volta, a tendência é que nos tornemos cada vez mais digitais, agilizando os processos e diminuindo as distâncias físicas. Não tenho dúvidas de que estamos criando caminhos mais fáceis e previsíveis.

Mas minha pergunta é: QUANTO dessa tecnologia cabe atualmente na sua rotina clínica?

O investimento dos equipamentos ainda é alto e, além desse investimento inicial, temos a manutenção e atualização dos softwares, isso sem contar é claro nos materiais de consumo, o que faz muitas vezes esse orçamento não caber no seu planejamento. E  aí?  Você é um dentista ultrapassado?

Tenho certeza que não!!! Você não precisa ter um scanner intra-oral, impressora 3D, fresadora para fazer uma odontologia de qualidade. Mas claro, você precisa ficar ligado nessa tecnologia pois não tem mais volta e, se deixar passar muito, talvez depois você não consiga acompanhar.

E para se familiarizar, por que não terceirizar esse serviço? Várias radiologias realizam  escaneamento de arcadas, e você pode juntamente com seus exames radiográficos solicitar esse tipo de serviço. Não precisará de infinitos armários para guardar seus modelos, poderá realizar planejamento digital, mandar imprimir seus modelos e tudo isso sem ter que desembolsar aquela enorme quantia.

Outro serviço cada vez mais comum é o empréstimo ou locação do scanner intra-oral por um  laboratório de prótese ou empresas especializadas. Com essa estratégia você conseguirá conhecer a tecnologia, entender as vantagens e desvantagens, e começar a avaliar se vale a pena investir em equipamentos próprios.

E, respondendo à pergunta do início: não, você não está fora da moda.  A maioria esmagadora de dentistas ainda trabalha  com moldagens convencionais. Então, selecione bons materiais, execute boas técnicas de preparo e  moldagem, escolha um bom técnico que certamente seus trabalhos terão excelente qualidade.

Agora uma coisa é fato: Você precisa se familiarizar com a tecnologia digital.  Então avalie, estude, pesquise,  e decida qual vai ser a melhor maneira para você.

E para terminar, lembro de uma frase que escutei do meu grande amigo Leandro Martins: Não compare os seus bastidores com o palco do vizinho.

Um forte abraço,

Raphael Monte Alto

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